Estado do Rio de Janeiro vai ter Mapeamento dos negócios de impacto socioambiental
Publicado em 21/04/2022
Na manhã desta quinta-feira, 21/04, a economista Inessa Salomão, professora do curso de Engenharia de Produção do Cefet-RJ concedeu entrevista à Rádio Roquete Pinto sobre o projeto que tem como objetivo desenvolver uma plataforma online para mapear os Negócios de Impacto Socioambiental no estado do Rio de Janeiro.
“A plataforma está em desenvolvimento, ainda estamos lançando o projeto, que consiste no mapeamento dos negócios de impacto socioambiental e as instituições dinamizadoras em todo o estado do Rio de Janeiro. A partir desse mapeamento vamos ter uma base de dados para entender essa rede de conexões e suas características”, explica Inessa.
“Os NIS são negócios que se organizam a partir da lógica de mercado, ou seja, eles visam ter algum lucro, mas a ideia é que eles não dependam de doações, e a principal motivação desse negócio existir é resolver algum problema da cidade, esse problema pode ser ambiental, ou social, ou ainda conjugar os dois aspectos”, disse.
Segundo a professora, a crise econômica gerada pela covid-19 é um aspecto relevante para o desenvolvimento de NIS, pois outros problemas urbanos e rurais tem se apresentado no pós-pandemia.
“Os negócios de impacto socioambiental têm crescido muito no estado do Rio de Janeiro. O Movimento Rio de Impacto que é composto por diversas instituições dinamizadoras – que são aquelas que dão apoio e suporte aos NIS – e que começou em 2016, no Fórum da Alerj de Desenvolvimento Estratégico, tem divulgado diversas oportunidades para empreendedores e negócios fazerem parte de programas e editais voltados para o NIS. E a gente tem visto um crescimento pujante no estado”, destacou a coordenadora do Projeto.
O projeto está se desenvolvendo a partir da parceria entre o Cefet-RJ (por meio da a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários Sustentáveis – ITESS), o Movimento Rio de Impacto e o Observatório de Inovação Social de Florianópolis.
“A plataforma é inspirada no projeto existente em Florianópolis, o Observatório de Inovação Social de Florianópolis. Essa plataforma é aberta, então se gente não alcançar algum empreendedor para fazer esse mapeamento diretamente, ele também terá a oportunidade de cadastrar o seu empreendimento e se auto declarar como NIS.
“O projeto, apoiado pela Faperj, será desenvolvido durante dois anos, e no final vai deixar como legado não só esse entendimento geral, mas também muito conteúdo relacionado a pesquisa acadêmica”, conclui.